sábado, 27 de outubro de 2018

O último dos Vasconcellos Bittencourt


Desde o longínquo ano de 1724, quando nasceu Braz de Vasconcellos Bittencourt, até 1975, quando faleceu Leônidas, contam-se ao menos sete gerações em que os homens da família carregaram o sobrenome Vasconcelos Bittencourt.

Para situar o leitor desacostumado com essa trama, Braz era filho do Capitão Bartholomeu Correa de Vasconcelos e Dona Francisca Xavier de Bitencourt, casados no ano de 1703, no isolado arquipélago dos Açores. Leônidas, por sua vez, era filho de Faustino de Vasconcelos Bittencourt(1867-1934) e D. Francisca Maria de Vasconcellos Castro(1866-1961), e viveram no sertão da Bahia.

Conhecido pelo apelido de “Sinhô”, Leônidas era filho único do terceiro casamento de Faustino, com a prima Francisca*. Sinhô se casou com Dona Clotilde, ou “Santa”, como era chamada pelos amigos e conhecidos, e viveram na fazenda Capoeira, na área rural de Itanagé, denominação atual da Fazenda de Cima, distrito do município de Livramento de Nossa Senhora.

No alto da serra, em um vale verde, em plena Chapada Diamantina, próximo à cachoeira do Berra-Bode, construíram uma casa e formaram uma prole de cinco meninos. Ali nasceram Faustino, Reinaldo, Raimundo, Benilton e Edmundo, este já falecido.

Nascida na região do Tabuleiro, perto de Itanagé, e devota de Nossa Senhora de Aparecida, Santa, cujo nome de solteira era Clotilde Alves dos Santos, ao se casar, passou a assinar Clotilde Alves Bittencourt, assim como um dos filhos. Os demais são Alves Vasconcelos.

Nascido em 15 de dezembro de 1909, Leônidas de Vasconcellos Bittencourt faleceu aos 64 anos incompletos, em 20 de julho de 1975. Sua esposa continuou vivendo na fazenda com os filhos. Ali se dedicaram ao plantio da cana de açúcar, beneficiada em alambique próprio, à criação de algum gado, de galinhas, além de pequena produção agrícola, inclusive para consumo da família.


* Francisca, conhecida como Chiquinha, era viúva de Manoel Joaquim Augusto (1841-1907), com quem teve os seguintes filhos: Adelaide Augusta, Josepha, João Augusto, Maria Augusta, Maria da Gloria e Leonilda Augusta. Francisca era filha de Leônidas Pereira de Castro e Maria da Gloria Vasconcelos Magalhães.


segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Vasconcellos e Meira

Essas duas famílias tradicionais da região de Livramento, no sertão da Bahia, se entrelaçaram a partir do casamento de José de Vasconcellos Bittencourt e de Rodriga Castro Meira, nos idos de 1840. Rodriga era filha de Rodrigo de Souza Meira Sertão e Maria Carlota de Castro(1). José era filho do português de mesmo nome - José de Vasconcellos Bittencourt, oriundo dos Açores, e Gertrudes Spinola de Souza(2).

Do casamento de José e Rodriga, nasceram Geracina Cândida de Vasconcelos Meira, Maria Olívia de Vasconcelos Meira, José de Vasconcellos Bitencourt Filho, Rodrigo de Vasconcelos Meira(3)Francisco de Vasconcelos Meira, conforme as informações disponíveis no inventário de Rodriga de Castro Meira.


(1) Maria Carlota de Castro era filha de Joaquim Pereira de Castro e Francisca Joaquina de Jesus. Rodrigo, filho de Ana Xavier da Silva Cotrim e do Capitão Francisco de Souza Meira. O Capitão Francisco foi quem desenvolveu o povoado de Bom Jesus dos Meira antiga fazenda Brejo do Campo Seco, atual cidade de Brumado-Bahia.
(2) O açoriano José de Vasconcellos Bittencourt era filho de Brás de Vasconcellos Bittencourt e Gertrudes Naves, também açorianos. Gertrudes Spínola era filha de Thimóteo Spinola de Souza e de Dona Ana Maria de Carvalho.
(3) O nome de Rodrigo de Vasconcellos Bittencourt, adotado por ele ao longo da vida, é grafado como Vasconcelos Meira no Inventário da sua mãe.

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