segunda-feira, 25 de junho de 2018

Thimóteo Spinola de Souza

Há muitas histórias sobre Thimóteo Spinola de Souza, nascido por volta de 1744, na Ilha Graciosa, Açores, tendo se fixado na região de Rio de Contas, onde faleceu.  Diversos registros sobre sua atividade na Bahia são mencionados por historiadores, sobretudo como "dizimeiro real". Seu testamento, registrado em Rio de Contas, demonstra ter sido, efetivamente, um homem de muitas posses.
Mas, um fato, no mínimo curioso, ficou anotado  na história da sua terra natal, a Graciosa. Thimóteo teria desembarcado na Ilha em 28 de setembro do ano de 1818, transportado em embarcação própria que aportou na Calheta, e dali seguiu à sua casa, no Arrebalde. Além de mercadorias a serem ali comercializadas, levou uma filarmônica. Pois é, uma banda - aquela que é considerada a primeira filarmônica da Graciosa. Pra completar, o grupo era constituído por escravos, sob o comando do mestre Apolinário.
Consta que permaneceram por dois anos no arquipélago, sendo presença garantida em inúmeros festejos.
Ocorre, que ao preparar o embarque para o Brasil, a carga com os instrumentos caiu no mar, e lá ficaram clarinetas, trombones, flautas, etc perdidos, no cais do porto.
Tendo retornado em 1820, quatro anos depois Thimóteo veio a falecer.

Referências:
Canto Moniz, Antônio Borges do. Ilha Graciosa(Açores). Descrição histórica e topográphica (1883). Instituto Açoriano de Cultura, 1981
Inventário Thimóteo Spinola de Souza, 1824.

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